quinta-feira, 22 de abril de 2010

Frente do Hip Hop inicia mapeamento nacional

O objetivo é obter dados qualificados em torno dos agentes que atuam com hip hop no país.

Diversos grupos que atuam com o Hip Hop dão início a um mapeamento que visa obter dados reais e atualizados sobre as dimensões desta expressão cultural no país. Estão envolvidas na ação todas as regiões brasileiras, através de grupos e agentes que atuam com o rap, break e grafite. O mapeamento visa a utilidade pública, sendo um instrumento para facilitar a conexão dos agentes do hip hop pelo país.

“Hoje o hip hop é uma das maiores expressões culturais ligada às periferias, são muitos os agentes que atuam em diversos municípios, entretanto esses agentes ainda não se conectam efetivamente. A proposta com o mapeamento é impulsionar as ações locais através do fortalecimento nacional, facilitar a captação de recursos, otimizar a comunicação, trabalhar a qualificação dos grupos e criar uma rede de circulação dos artistas” comenta Linha Dura, de Mato Grosso, um dos responsáveis pelo mapeamento.
A proposta é inspirada em iniciativas de sucesso que estão acontecendo pelo país, como o Circuito Fora do Eixo, onde a rede já conseguiu alcançar todos os objetivos listados. “Temos muitos grupos de rap no país, mas eles ainda têm muita dificuldade em circular, não são muitos os eventos e festivais de rap, e acaba que eles possuem uma atuação muito localizada. Enquanto isso observamos a cena de música independente, que passou pelas mesmas dificuldades que nós e hoje conseguem colher os resultados da organização ” completa Kakko, produtor cultural de Minas Gerais.
O que pauta a iniciativa é a transformação que a produção artística teve nos últimos anos, principalmente provocada pela popularização da internet. “Hoje muitos moradores de favelas possuem acesso a internet, seja na casa, no trabalho ou mesmo nas lan houses que pipocam pelas periferias brasileiras” enfatiza Galdino, rapper do Rio de Janeiro. A ação busca utilizar essa realidade a favor da produção do hip hop, fazer com que os artistas não esperem ser encontrados por um grande empresário, mas que existam condições para que eles se movam com suas próprias pernas, auxiliando-se mutuamente através de uma rede de trabalho colaborativo.
Os agentes do hip hop, ou mesmo que atuam com a produção musical, cultural, eventos e comunicação do hip hop podem preencher o mapeamento através do formulário disponibilizado neste link.


1 comentários:

Relações Internacionais - UEPB disse...

Legal a idéia é otima precismaos disso: De algo tipo uma grande rede nacional de contatos e contratos onde somos os nosos proprios empresários, produtores e agentes. chega de exploraçao por parte da midia, e de pessoas de má fe que fazem da cultura hip hop um meio para tirar vantagem de quem realmente faz a coisa acontecer.
Nivaldo Pires
Relações Internacionais - UEPB PB.
MIlitante do Mov. Negro e Mov. Hip Hop
gruconegro@hotmail.com

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